RENZO ALTIERI
Não fazia ideia de quanto tempo fiquei ali, parado no meu escritório, encarando o vazio. Meu corpo pedia descanso, minha cabeça latejava com uma dor pulsante, e ainda assim, a mente não parava. Eu já arquitetava, passo a passo, como iria destruir a Bratva. Mas antes disso… antes de tudo, precisava garantir que minha esposa acordasse em segurança do sono profundo que Zael a mergulhara. Depois, eu iria à Rússia. Destruir a Bratva de dentro para fora não seria fácil, mas nada em minha vida foi.
Peguei o copo de whisky, senti o frio do líquido deslizando pela minha garganta, e por um instante, pensei que poderia esquecer, apenas por alguns segundos, tudo que estava prestes a acontecer. Foi quando senti. A presença dele. Zael. Eu não precisei olhar para saber que ele estava ali.
— Viver entre nós, humanos, não lhe deu bons modos. — falei, com a voz mais firme do que me senti naquele momento.
Ele caminhou até a imensa janela de vidro, encarando o gramado que parecia se perder