O Nome da Esperança
O final da tarde tingia o céu de tons âmbar e violeta.
A Casa Sofia encerrava mais um dia de atendimentos, mas, naquela sexta-feira, o silêncio não trazia exaustão, trazia plenitude.
Ava caminhava pelos corredores vazios, uma das mãos sobre o ventre.
Os quadros nas paredes, desenhados por gestantes, crianças e voluntários, pareciam sorrir para ela.
Era como se os rostos nas pinturas dissessem:
Você chegou até aqui.
E ela havia chegado, mesmo sem ter certeza de como.
Na recepção, encontrou Caleb organizando os relatórios da nova ala de atendimento psicológico.
Ele a olhou com uma serenidade que só os que sobreviveram ao caos conheciam.
— Você está bem? Ele perguntou, oferecendo-lhe um dos sucos naturais deixados por Matilde.
— Estou. Só um pouco ansiosa. Ava riu, tomando o suco.
— A consulta de amanhã parece mais definitiva do que todas as outras.
— Porque será o momento de saber. Ele completou, sorrindo.
— O nome do nosso bebê?
Ela assentiu, os olhos marej