Dianne
Dois dias se passaram sem eu ver o Adan. Ainda me sentia envergonhada por ele ter assistido aquele vídeo. Falávamos apenas por mensagem e ligações breves. Sabia que isso o magoava. Também doía em mim, mas minha vergonha era maior e eu precisava de espaço.
Estava com saudade dele. Sentia falta da sua voz, seu cheiro, o abraço, de suar debaixo dele enquanto me contorcia de prazer...
Não lhe havia contado sobre a primeira consulta. Não sabia se me sentiria confortável com a sua companhia. Egoísta, eu sei. Mas, talvez, eu ainda falasse.
Depois de um demorado banho, vesti-me e desci para o jantar. Era quase seis da tarde e eu já estava com muita fome. Ao descer a escada, escutei a gargalhada do meu padrinho vir da varanda. Andei até lá.
— Ah, aí está ela — disse ele, sentado na poltrona perto da porta.
Franzi o cenho com estranheza. Ao chegar mais perto, olhei para o outro lado e tomei um susto ao ver Adan sentado no sofá. Ele segurava um copo com uísque em uma mão e com a outra acar