Dianne
Ao estacionar em frente da primeira casa, avistei o corretor que falava ao telefone. Ele estava parado na entrada da garagem. Desci e fui até ele. Quando olhei para trás, Nicholas vinha no meu encalço.
— Não precisa entrar. Pode ficar aqui fora.
— Sim, senhorita.
O corretor se virou e sorriu encerrando a ligação. Homem de meia-idade, bronzeado artificial, camisa de seda tão apertada ao corpo quanto as suas calças que terminavam antes dos tornozelos. Sapato social e um sorriso branco demais.
No momento, o que consegui pensar é em como ele daria um vilão perfeito em um dos meus livros. O cara improvável que matou alguém por ganância.
— Olá, srta. Heller. Não imagina o prazer que é atendê-la. — Estendeu a sua mão para mim. — Sou Augustus Kepnes.
— Prazer, sr. Kepnes. — Apertei a sua mão.
— Bom, esta é nossa primeira visita. E não se preocupe caso não se apaixone de primeira. Tenho outros imóveis tão incríveis quanto este. — Sorriu e se virou seguindo a trilha de pedras até a porta