Os comentários das tias e primas de George soavam como pequenas apunhaladas, misturando sarcasmo e maldade em cada frase lançada ao ar.
Eu, de cabeça baixa, apenas escutava, sabendo que naquela noite meu papel era ser o alvo mudo da humilhação, aguentando tudo até que George se desse por satisfeito.
Foi então que Bruno, com aquele tom gentil e sincero, que destoava tanto do restante dos Fonseca, resolveu me defender.
— Parem com isso, sério! Todo mundo um dia passa por altos e baixos. Se a Valentina evitou nossa casa no passado, devia ter suas razões, e não dá para simplesmente julgar e desprezar. Afinal, tudo o que aconteceu foi a falência da família dela, só isso. Ela não fez mal a ninguém aqui, não merece toda essa perseguição.
O salão reagiu com risinhos e provocações ainda mais pesadas.
— Ah, claro, Bruno. Está defendendo porque teve alguma coisa com ela, né? Afinal, depois de casar com o George, até parece que sobrou decência aí!
— Pois é. Todo mundo aqui sabe que ela se divorci