O despertador tocou duas vezes até eu conseguir me levantar.
Como já era previsível, George não estava mais no quarto. Só de lembrar da noite anterior, quando ele me confundiu com a Mariana, senti um aperto estranho no peito.
De certa forma, ficava óbvio que ele estava ali apenas porque, provavelmente, tinha se decepcionado com a Mariana e buscava algum tipo de abrigo.
Procurei afastar aqueles pensamentos e, depois de uma higiene apressada, já estava pronta para sair. Fui descendo as escadas, sem criar expectativas, mas acabei encontrando George na cozinha. Mais uma vez ele tinha preparado o café da manhã, só que fez uma quantidade menor. Havia só um sanduíche e uns pãezinhos na mesa. Não dava para saber se aquilo era para mim, mas, com tudo o que aconteceu nos últimos dias, perdi a coragem de fazer qualquer suposição.
Peguei minha bolsa e, silenciosa, caminhei até a porta. Ele me chamou subitamente, fazendo meu corpo quase parar no susto. Virei o rosto e perguntei:
— O que foi?
— Ar