— Amanhã à noite a família Fonseca vai dar uma festa de aniversário para minha avó. Quero que você vá comigo na casa antiga deles. — George comentou, com o olhar distante, e a voz sem emoção.
— Eu? — Olhei surpresa, sem conseguir disfarçar a dúvida. — Mas não existe mais nenhuma relação entre a gente, eu...
— Não existe? — George soltou uma risada cheia de deboche, parecendo zombar da minha confusão.
Me apressei em explicar, tentando colocar lógica no que dizia:
— Digo, do ponto de vista de todos ao redor, nós já estamos divorciados, não temos mais vínculo algum. Não seria inadequado eu aparecer nessa festa?
Com a maior tranquilidade do mundo, ele só respondeu, soprando fumaça:
— Não existe esse negócio de ser adequado ou inadequado.
Fiquei mais nervosa, não querendo me sentir um peixe fora da água.
— Lógico que existe, George! Numa festa assim, cheia de familiares e conhecidos, ninguém vai esperar me ver ao seu lado. A Mariana é que devia ir...
Ele disparou um olhar frio que gelou at