Acabou não adiantando, porque ele entrou do mesmo jeito, e fiquei ali, tremendo de vergonha, tentando não encarar George parado na porta, com seu olhar escuro grudado em mim, me sentindo mais exposta do que nunca.
Ele chegou perto sem dizer nada, enquanto eu tentava, em vão, esconder o corpo com os braços. O rosto pegava fogo de tanto constrangimento.
Ele se agachou, exibindo aquele sorriso que misturava charme e deboche, e soltou:
— Se eu não viesse aqui, ia tentar sair se arrastando sozinha, é isso?
Abaixei os olhos, sem coragem de reagir.
O constrangimento, misturado a um sentimento de impotência, dava uma vontade de chorar só de pensar no quanto eu estava indefesa naquela cena.
Ele suspirou, passou o braço sob minhas costas e me ergueu como se fosse leve. Enquanto me levava até a poltrona, fez piada de novo:
— Vai dizer que nunca me viu antes para ficar vermelha desse jeito?
Dessa vez não era vergonha de desejo, era puro incômodo, vulnerabilidade.
Ele me sentou na poltrona, jo