Quando Gabriel me perguntou se eu queria verdade ou desafio, escolhi desafio quase sem pensar e me arrependi na mesma hora, porque o sorriso dele ficou ainda mais sacana.
Ele ficou bem à vontade, reclinado e teatral, e anunciou devagar, fazendo questão de todos ouvirem:
— Então é assim, Val. Escolhe um dos caras aqui e beija ele por um minuto.
O pessoal explodiu em gritos e gargalhadas. O clima ficou animado, mas para mim foi constrangedor.
Clara ficou indignada, subiu o tom:
— Ah, Gabriel, você está zoando com a Val de propósito, né?
Gabriel abriu as mãos, todo inocente.
— Que nada, Clara! Foi a garrafa que caiu nela, não tive culpa. Se caísse em você, ia ser igual. Quem disse que é perseguição?
— Você é muito safado! — Reclamou Clara, dizendo que aquela rodada não valia, mas ninguém dava bola, estavam todos só esperando para ver no que ia dar.
De repente, parecia que a galera estava ainda mais empolgada, querendo ver até onde eu iria, quanto mais constrangedor, melhor.
Olhei para G