Mas, naquela altura, já era tarde demais. Preferi me enganar, tentando me convencer de que tudo não passava de paranoia da minha parte.
Achei que Bruno não tinha motivos para me odiar e, por mais que tivesse, jamais me faria mal.
No entanto, no fim das contas, fui ingênua demais. Subestimei a natureza humana e superestimei o pouco de afeto que um dia existiu entre nós.
Pensando melhor, se ele realmente quisesse se vingar de George, atacar a mim fazia todo o sentido.
Embora todos soubessem que George não gostava de mim, também sabiam que eu era a mulher dele.
Bruno não tinha como se aproximar de Mariana, então, restava a mim como alvo mais acessível.
Compreendendo tudo isso com clareza, voltei a encarar o homem à minha frente e só consegui sentir o quão imprevisível era o coração humano. Então, disse a ele:
— Mesmo que me capture, isso não vai mudar nada. Você não vai conseguir atingir o George.
— Isso é o que você pensa.
Ele me lançou um sorriso confiante.
— Valentina, que tal fazermos