Ele também não disse mais nada, apenas virou levemente a cabeça e olhou pela janela.
Do meu ângulo, o maxilar tenso dele transmitia uma sombra de melancolia, e todo o seu corpo parecia envolto por uma tristeza indescritível.
De repente, me lembrei das palavras da Clara.
Apertei as mãos entrelaçadas e falei em voz baixa:
— George, hum... Você ainda tem alguma lembrança de mim da época da faculdade?
Eu precisava confirmar se essa vingança que ele estava colocando em prática tinha algo a ver com o fato de que, antigamente, eu o chamei de lixo.
Se a origem do ódio dele por mim fosse mesmo essa ofensa, então eu estava disposta a pedir desculpas formalmente. Só esperava que o rancor que ele sentia por mim diminuísse um pouco.
— Na faculdade, nós éramos da mesma turma, certo? — Vendo que ele não reagia, eu não consegui evitar de falar mais uma vez.
Só então ele voltou a me olhar, com um tom carregado de sarcasmo:
— Você ainda se lembra de que éramos da mesma turma? Achei que, nas suas memória