Eu também não neguei. Quanto mais eu negasse, mais ele desconfiaria.
Virei o rosto para ele e disse friamente:
— Já que você sabe, por que ainda me trouxe para esta cerimônia de encerramento das filmagens?
George soltou um leve riso, os olhos cheios de desdém.
Ele falou devagar, e suas palavras foram tão frias quanto cruéis:
— Trouxe você apenas para que entenda que, mesmo que conte ao mundo inteiro que eu a mantenho em cativeiro, ninguém tem o poder de te salvar. Eu só quero que você desista de vez dessa ideia.
Então era isso!
Eu ainda me perguntava por que, sabendo que Bruno, Gustavo e Clara estariam presentes nesta cerimônia de encerramento, ele ainda assim permitiu que eu viesse.
Finalmente, eu compreendia: ele queria que eu perdesse completamente a esperança de escapar.
Era preciso admitir que aquele homem era impiedoso.
Cruel de uma maneira silenciosa, cruel ao ponto de fazer o desespero parecer inevitável.
Ao ver a raiva e o ódio refletidos em meus olhos, George apenas curvou os