Não respondi à pergunta dele, apenas me aproximei e beijei seus lábios.
Mas ele virou levemente o rosto, desviando do meu beijo.
Meus lábios roçaram de leve sua bochecha, e uma sensação inexplicável passou pelo meu coração.
Um pouco de frustração, um pouco de desânimo.
Por um instante, pensei seriamente em desistir.
Mas, só de imaginar que ele poderia me manter trancada ali pelo resto da vida, o medo que senti superou completamente a vergonha e a frustração que haviam surgido.
Aquela pequena vergonha e frustração não significavam nada comparadas ao desespero causado por aquela prisão.
Uma de minhas mãos ainda estava firmemente presa por ele.
Com a outra, envolvi seu pescoço, criei coragem e me inclinei mais uma vez para beijar seus lábios.
Ele virou o rosto novamente, tentando evitar. Daquela vez, meus lábios tocaram apenas o canto de sua boca.
Estava gelado, com aquele cheiro inconfundível que só ele tinha.
Antes, quando eu o odiava, até o jeito que ele respirava me parecia errado.
Ma