Se eu continuasse daquele jeito, meus filhos não sobreviveriam.
Não, eu não podia permanecer naquele torpor.
Eu precisava fazer alguma coisa.
Eu precisava sair dali. Se conseguisse entrar em contato com Clara ou com meu irmão, talvez eles pudessem pensar em uma forma de me resgatar.
Já fazia tantos dias que eu estava incomunicável, que eles certamente estavam muito preocupados.
Ao pensar nisso, minha mente, que andava confusa havia dias, finalmente clareou um pouco.
Naquela noite, George apareceu novamente.
Parecia até que ele morava naquela mansão, pois entrou usando apenas um roupão.
Eu permaneci parada junto à janela, o encarando sem mover um músculo.
Pelo que eu conhecia daquele homem, se eu o agradasse, ele ficava mais fácil de lidar.
"Então, se eu o agradar esta noite, será que ele aceita me levar para fora?"
Embora sair sozinha fosse impossível, talvez não fosse tão difícil convencê-lo a me acompanhar. Só de conseguir sair já haveria uma esperança.
O rosto do homem permanecia im