Eu tentei resistir, abri a boca, mas nenhuma palavra saiu. Ainda assim, achei melhor deixar para lá. Afinal, aquilo era algo para depois, o importante, naquele momento, era passar por aquela situação.
Fechei os olhos com força e, mais uma vez, mergulhei num estado de semi-inconsciência. Naquele momento, parecia que meu corpo inteiro ardia numa fornalha e, mesmo assim, eu sentia um frio intenso.
Depois de algum tempo, George me levantou parcialmente, apoiando meu corpo nos braços. Na mão dele havia um copo d'água, e na outra, duas cápsulas. Ele me disse:
— Tome este antitérmico. É importante baixar essa febre primeiro.
Balancei a cabeça e, em seguida, afastei as cápsulas, pois mulheres grávidas não podiam tomar remédios.
O rosto de George se fechou, e ele falou, irritado:
— Você acabou de dizer que ia se comportar direitinho!
Lambi os lábios rachados e respondi:
— Quero beber água primeiro. — Ao dizer isso, peguei o copo das mãos dele e bebi tudo de uma vez. Só depois peguei as cápsulas