Mariana, de repente, puxou o braço de George, com um tom claramente fingido:

— Não faz isso... Afinal, a Srta. Valentina não disse nada de errado. Não precisa fazer isso por minha causa...

— Fica calada! Você não acha nojento esse seu jeitinho falso? — Eu não aguentei mais e gritei com ela.

No segundo seguinte, George agarrou bruscamente a gola da minha roupa e me empurrou com força contra a parede, me encarando com um olhar sombrio:

— Eu disse para você calar a boca. É tão difícil me obedecer uma vez na vida?

— Então manda ela calar a boca! Foi ela quem começou a falar de mim. Por que sempre sou eu que tenho que ficar quieta?

Eu não sabia explicar o motivo, mas naquele momento o sentimento de injustiça dentro de mim chegou ao limite e minha voz saiu embargada.

Eu não queria mostrar essa fraqueza na frente do George, pois isso jamais traria um pingo de compaixão dele, apenas desprezo.

Ele me encarou e, nos olhos cheios de rancor, havia um brilho estranho que eu não consegui entender. C