— Vigésimo nono andar? — Gustavo sorriu levemente. — Não é justamente o departamento de secretariado dele? Vai ser a secretária dele?
— Valentina... — Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, Bruno se adiantou, exaltado. — Já basta você ir trabalhar na empresa dele, mas por que ainda quer ser secretária dele? Está assim tão ansiosa para conviver com ele dia e noite?
Olhei para Bruno sem compreender por que ele reagia com tanta intensidade, com tanta mágoa na voz.
Gustavo soltou uma risada suave:
— Pelo visto, Valentina, você ama muito o George.
Permaneci em silêncio.
Amar, eu amava. Mas não queria admitir.
Bruno apertou minha mão, ansioso:
— Valentina, me ouça: o George nunca vai te amar. Sendo tão proativa assim, no fim, você vai acabar se machucando. Ainda não é tarde, se afaste dele enquanto há tempo. Além do mais, vocês já se divorciaram, por que se trancar de novo nessa prisão?
Racionalmente, todos entendiam esse argumento. O problema era que, naquele momento, quem me aprisionav