Talvez não demorasse muito para que a notícia de que me tornei amante do George se espalhasse.
Quando isso acontecesse, eu, que já fui uma socialite de família rica, seria reduzida a motivo de piada nos almoços e jantares da cidade.
— Val, é verdade que você e o George se divorciaram? — Minha mãe perguntou, com a voz baixa e trêmula.
Eu confirmei com um simples "sim".
Meu pai, ao ouvir a resposta, explodiu.
— Aquele miserável! Mal-agradecido! Eu devia ter percebido desde o começo! Ele e a família dele não prestam!
Meu irmão soltou uma risada irônica.
— Ele pagou as nossas dívidas e ainda te deu dez milhões extras. Quer o quê? Um altar para ele? Vocês já esqueceram como tratávamos o George antes? O que ele fez já foi mais do que suficiente.
— Isso não dá o direito de ele largar a Val assim que ficou rico! — Minha mãe rebateu, chorosa.
Suspirei, cansada de ouvir aquilo.
— Por que não, mãe? Ele não gosta de mim. E eu também não gosto dele. Era óbvio que isso ia acontecer.
Minha mãe ficou