— Impossível! — Interrompi friamente as palavras do meu pai e o adverti. — Nem pense em procurar ele. Se você ainda tivesse um pouco de dignidade e coragem, então resolveríamos isso por conta própria.
Meu pai me lançou um olhar de soslaio e resmungou:
— Olha só como você está nervosa, nem falei que vou procurar ele.
— Assim é melhor!
Soltei um resmungo, me virei e olhei para dentro do hospital, sem perceber o brilho sombrio que passou rapidamente pelos olhos do meu pai.
Manquei até a porta do hospital, mas não tive coragem de entrar.
Há pouco, ouvi Paulo dizer que Jaqueline já tinha saído da sala de emergência, mas eu não sabia como ela estava naquele momento.
Jaqueline tinha sido socorrida por tanto tempo. Esperava que ela estivesse bem.
Acariciei o bracelete quebrado no meu bolso, enquanto uma pontada intensa de dor ácida tomou conta do meu peito.
Depois do que aconteceu com Jaqueline e ainda com a humilhante insistência do meu pai, George com certeza passou a me detestar ainda mais.