A água quente do chuveiro era um bálsamo. O vapor preenchia o ar, criando um santuário para os dois. O mundo lá fora, com o caos do casamento e a tensão familiar, parecia ter desaparecido. Tudo o que existia era o som da água caindo e a respiração deles. Patrick a virou de costas, pegando o sabonete. Suas mãos se moveram em círculos suaves e gentis, lavando as costas dela. O toque era um conforto, um carinho que não tinha pressa, apenas cuidado. Isabel inclinou a cabeça, fechando os olhos, entregando-se ao momento. Ele se inclinou, os lábios se movendo para a pele sensível de seu pescoço, o beijo quente em contraste com a água que corria.
_Você está se sentindo melhor agora?, ele sussurrou, a voz grave e cheia de ternura.
Ela se virou, a abraçando forte, a cabeça encostada em seu peito.
_ Estou, ela murmurou, a voz abafada. O toque dele era um alívio para a alma, um conforto que ela precisava desesperadamente.
O som da água havia cessado. O ar no banheiro estava saturado de vapor