Selene
Eu quis mais, e disse isso com dentes e língua, passando por ele como se fosse estrada. Damon me virou de costas, prendeu meu pulso num dos próprios dedos, sem tirar minha liberdade, só lembrando que ela existia, e a noite desceu o tom. O beijo quase virou outra coisa. Quase. Quando minhas pernas cederam um pouco, ele recuou dois centímetros, sempre dois, só para me ouvir pedir.
— Não faça jogo. — roguei, sem paciência para pudor.
— Eu não jogo. — ele respondeu, sério — Eu meço.
— Então me mede depois. — sorri, atrevida, tomando de volta sua boca — Agora me morde.
O som que ele fez foi um rosnado baixo que minha loba aprovou com um estalo de rabo.
— “Aí está.” — Ash riu, orgulhosa — “O corpo sem medo.”
— Eu sei o que quero, Ash.
— “E sabe o que não quer.”
— Sim.
Os minutos que vieram foram uma febre lúcida… mãos, bocas, promessas sem palavra, a coluna fria contra minhas costas, o corpo dele quente na frente, a tensão segura no ponto exato onde explodir seria fácil, e perigoso.