Ricardo
Ver o brilho nos olhos de Flávia a cada detalhe, a cada descoberta, era a verdadeira viagem para mim. Eu já tinha visto aquelas paisagens algumas vezes, lido sobre os lugares em revistas, mas nada se comparava a presenciar a reação dela. O encantamento no rosto dela em Santorini, a forma como ela apertava minha mão diante do pôr do sol, ou como sorria em cada rua de Atenas… aquilo era o que eu queria guardar para sempre na memória.
Eu me sentia realizado em poder oferecer a ela essa lua de mel que, para mim, era apenas o começo de tudo o que eu ainda queria viver ao lado dela. Ver sua felicidade era meu maior presente. Flávia havia passado por tanta coisa, por tanta dor, que eu só pensava em enchê-la de momentos bons, de lembranças capazes de fazer qualquer sombra do passado se dissipar.
Mas eu ainda tinha uma surpresa guardada. Não queria que a viagem terminasse apenas ali. Estávamos na Europa, e eu sabia de um sonho dela: conhecer Madri. Ela falava sobre isso com uma paixão