Flávia
Adormeci exausta, saciada. E, quando acordei com a claridade suave do amanhecer, virei o rosto: lá estava ele, dormindo tranquilamente, o semblante sério, mas sereno. Ele era lindo.
— Bom dia, gato… — murmurei ainda sonolenta, minha voz arrastada. Ele nem se mexeu.
— Bom dia, amor… — insisti, agora depositando um beijo leve em seu peito.
Ele resmungou baixo, os olhos fechados.
— Hum… deixa eu dormir mais um pouco.
Sorri diante da preguiça dele e deslizei a mão pelo seu corpo.
— Acorda… — sussurrei perto de seu ouvido.
— Estou cansado… — respondeu num fio de voz.
— E se eu disser que quero começar o dia fazendo amor com você? — provoquei.
Os olhos dele se abriram devagar, e um sorriso preguiçoso se formou em seus lábios.
— Você não está cansada? — perguntou.
— Nem um pouco. — garanti, mordendo de leve seu queixo.
Então nos entregamos mais uma vez, sem pressa, em um ritmo lento e carinhoso, como se o mundo lá fora pudesse esperar. Cada toque, cada beijo, cada movimento era só nos