Flávia
A cerimônia, a festa, tudo havia sido maravilhoso. Eu estava casada novamente — e, mesmo repetindo isso em minha mente, ainda custava acreditar. Caio tinha ido para a casa dos meus sogros, ou melhor, ex-sogros, e nós voltamos para casa apenas para descansar. O cansaço era tanto que só conseguimos tomar um banho rápido e nos deitar.
— Você precisa me dizer para onde vamos, chega de adiar, né? — falei, rindo, tentando arrancar o segredo que ele guardava tão bem.
— Nós vamos para a Grécia — respondeu, com aquele sorriso seguro.
— Grécia?? — repeti, sem acreditar.
— Sim, e você vai adorar.
Como eu poderia não gostar? No dia seguinte, partimos cedo. Foram mais de quinze horas de viagem, mas a ansiedade não me deixou cansar. Eu olhava pela janela do avião, imaginando as cores do mar, as casas brancas nas encostas e as ruas estreitas que tantas vezes eu tinha visto em fotos.
Quando chegamos, o hotel me deixou sem palavras: uma suíte ampla, clara, com uma varanda voltada para o mar az