Flávia
Durante o jantar, conversei com ele sobre os lugares que tinha visto. Ricardo me mostrou um lindo espaço que já conhecia, exibiu várias fotos no celular e disse que, se eu concordasse, poderíamos fechar ali mesmo, pois ele conhecia os donos. Eu não tinha nem o que contestar: tudo era perfeito.
Os meses seguintes foram intensos — visitas a buffets, degustações, escolha de flores, provas de doces, ajustes de vestido. Aquela loucura de casamento que eu sempre achei que me deixaria cansada, mas que, para minha surpresa, eu estava adorando. Claro que às vezes a tristeza vinha, lembranças antigas me assombravam, mas, no geral, eu estava feliz com aquele novo passo.
Faltava apenas um mês para o casamento quando combinamos que, quinze dias antes, eu me mudaria para a casa dele. Aos poucos, comecei a organizar as coisas, separar o que levaria, o que ficaria. A ideia era alugar meu apartamento e, se um dia precisasse, ainda teria para onde voltar.
Enquanto arrumava, me perdi nas memórias