Ricardo
Eu sentia falta dela. Do seu toque, do seu cheiro, dos beijos que sempre me deixavam sem fôlego. Do jeito delicado com que deslizava os dedos pelo meu rosto, como se me desenhasse em sua memória. Ela era maravilhosa e, por mais que tentasse seguir em frente, arrependia-me de tê-la deixado quando mais precisava de mim.
Após a tarde intensa que tivemos, dormimos juntos, os corpos ainda entrelaçados na cumplicidade do momento. Quando despertei, observei-a por um instante—o rosto calmo, sereno, como se nada no mundo pudesse perturbá-la.
Levantei-me devagar, fui ao banheiro, vesti minha roupa e decidi passar em casa. Precisava pegar mais coisas, falar com Alexia e comprar algo para o jantar. Se tudo saísse como planejado, ela acordaria e me encontraria de volta, pronto para recomeçarmos.
Quando cheguei, Alexia estava no sofá, me observando com um olhar já conhecido.
— Se reconciliaram? — perguntou, cruzando os braços.
— Sim. E você sabe que agora precisa encontrar outro lugar.
Ela