Flávia
Arrependida? Não… eu não estava.
Na verdade, era o oposto disso. Senti tanto a falta dele. De nós. Do que tínhamos — ou, talvez, do que ainda poderíamos ter. Eu não deixaria Alexia ser um obstáculo. Não dessa vez. Eu escolhi confiar. Escolhi tentar.
E ali, olhando para ele adormecido na minha cama, percebi algo diferente. Um sentimento mais profundo que o desejo, mais denso que a saudade. Talvez… talvez eu estivesse amando.
Seu rosto estava relaxado, a respiração calma. A barba por fazer, o cabelo levemente bagunçado, o corpo envolto nos lençóis. Tudo nele me atraía. Tudo em mim gritava para ficar, para não recuar mais.
Me aproximei devagar, deixando meu dedo contornar suavemente a linha de seu rosto.
— Bom dia — murmurei, quase sem querer quebrar aquele silêncio confortável.
Ele se virou sonolento, mas com um sorriso preguiçoso nos lábios. Me puxou para mais perto e me envolveu nos braços.
— Bom dia, querida — disse, a voz rouca, carregada de afeto.
"Querida?"
Aquilo me pegou d