Flávia
Eu queria que ele tivesse subido para minha casa. Queria sua presença. Queria ele.
No dia seguinte, acordei determinada: iria até sua casa. Poderíamos passar o dia juntos, conversar, nos acertar de uma vez por todas. Tomei um banho, me arrumei e saí de casa, animada.
Ainda tinha entrada autorizada, então fui direto e toquei a campainha. A porta se abriu, mas o que vi me paralisou. Uma mulher loira, bonita, de pijama. As curvas realçadas pelo tecido leve. Era Alexia. Achei que ela não morava mais ali.
Meu rosto queimou de constrangimento. Um aperto no peito, e a raiva veio, contra mim, contra eles... Antes que eu pudesse reagir, Ricardo apareceu, só de bermuda.
Eu sinceramente não sabia se havia algo entre eles, mas esperava que não. Não queria ficar ali. Então fui para casa com ele.
O caminho foi silencioso, carregado de palavras não ditas. Quando chegamos, decidi dar o primeiro passo.
— Ricardo, precisamos conversar.
Ele me encarou por um instante.
— Ricardo… eu quero voltar c