Ricardo
Não obtive resposta à mensagem que enviei. Não toquei nela de propósito—foi um instinto, sem qualquer maldade. Não queria que se sentisse pressionada; queria que fosse ela a definir o ritmo dos nossos encontros. Então esperei. Esperei… e nada.
Deveria mandar outra mensagem? Ou era melhor respeitar seu tempo? Mais uma vez, resolvi esperar.
Acabei machucando o ombro, o que me levou à fisioterapia e ao uso de uma tipóia. Foi então que recebi uma mensagem dela, perguntando se estava tudo bem e dizendo que sentia minha falta. Um sorriso escapou do meu rosto. Eu também sentia falta dela. Mas, depois disso, não houve mais interações entre nós.
Eu não podia dirigir, então acabei pegando carona com Celina e Maurício para ir trabalhar.
— Amor, sabia que temos alguém apaixonado? — Celina comentou, olhando para mim pelo retrovisor.
— Sério? — perguntou Maurício.
— Celina está vendo coisas — respondi, tentando disfarçar.
— Então você está dizendo que minha esposa está maluca? — brincou e