Arthur
Depois daquele pesadelo, ela demorou para se acalmar. Eu acariciei seus cabelos e a mantive deitada em meu peito assim que Willian precisou se afastar. Antes disso, nós a mantemos acolhida entre nós.
Ela pediu que abrisse a janela e permaneceu olhando para fora durante muito tempo. Estava frio, mas aquecido embaixo da coberta.
Willian retornou para o quarto trazendo a sopa em um prato fundo. Estava cheirando bem, mas não despertava meu apetite.
— Vamos comer, querida esposa.
Levantei devagar e a ajudei a sentar. Ela estava de camisola, foi a primeira coisa que pediu quando se acalmou.
Depois que acomodei as almofadas em suas costas, tomei o prato de Willian, ele que não se atravesse a me contrariar.
Era sopa de… Não dava para saber, devia ser de vários legumes, estava tudo amassado e misturado.
Sentei na beirada da cama e soprei um pouco antes de dar em sua boca. Para meu alívio, ela aceitou.
Não gostava de ver seus olhos claros sem vida, eram tão belos, mas não sabia o que