Amelie
— Então? Estou esperando suas perguntas — Arthur insistiu.
— Agora não é um bom momento para conversar, você deve descansar.
— Por que sempre se contém em tudo? — Olhei-o com surpresa. — Raramente diz o que pensa e suas palavras nem sempre são sinceras. Tem medo?
— Não.
— Então?
— É porque é o certo a se fazer.
— Quem disse?
— Bem, eu aprendi que nossas palavras devem ser ditas de maneira cuidadosa, apenas isso.
— E quem foi que disse que essa era a maneira certa?
— Todos. — Tentei puxar minha mão do seu aperto, mas ele não permitiu. Estava desconfortável diante de seu questionamento.
— Quem, Amelie? Todos quem?
— Eu apenas tive uma criação mais rígida, Arthur. Não sei viver de outra forma e nem devo almejar isso.
— Eu não concordo. — Arthur respirou fundo, assim como eu que tentava me acalmar.
Por um longo momento, tudo o que restou foi o som da madeira sendo devorada pelo fogo e dos animais noturnos do lado de fora.
Arthur provavelmente não entenderia os motivos da minha