Ele…
Eu não sei por que comecei a falar.
Talvez fosse o peso dela nos meus braços, a leveza com que Hayla se aninhou contra o meu peito, como se, de alguma forma, me dissesse sem palavras que estava tudo bem... Que eu podia abrir a porta desse lugar escuro onde tranquei minhas memórias.
Onde enterrei minha culpa.
— Gregori... — murmurei, a voz rouca e baixa, mais para mim do que para ela. — Esse é meu primeiro nome. Ninguém mais o usa, nem mesmo eu. Mas foi com esse nome que tudo começou. Foi com esse nome que eu vivi o que havia de mais bonito… e mais devastador.
Ela me olhou, mas não disse nada.
Só ficou ali, atenta, com os olhos mergulhados nos meus.
A atenção dela não era invasiva, era um tipo raro de escuta, aquela que ouve com a alma.
— Eu e Luísa... nós queríamos uma família… Ela chegou na minha vida de uma maneira inesperada e com o tempo percebi que ela era a família que eu procurava. Não demorou muito e nos casamos. Queríamos u