Ela…
Eu já devia ter me acostumado com a intensidade do Klaus.
Mas a verdade é que nunca fui boa em prever suas atitudes.
Ele era como um furacão elegante — devastava o que tocava, mas fazia isso com uma beleza impossível de ignorar.
Quando a porta do elevador se abriu direto para a cobertura, eu respirei fundo.
A última vez que estive aqui, carregava raiva, medo e um amor sufocado demais para respirar em paz.
Hoje… hoje era diferente.
A primeira coisa que me atingiu foi o cheiro.
Um perfume amadeirado misturado com lavanda e alguma essência cítrica que eu reconheceria em qualquer lugar: Klaus.
A segunda coisa foi o ambiente.
Era outro.
Totalmente outro.
— O quê…? — murmurei, girando devagar sobre meus calcanhares, observando cada canto.
Os móveis haviam mudado.
A decoração estava mais clara, mais acolhedora.
Cortinas novas, uma manta azul-clara dobrada no sofá, quadros de paisagens tranquilas emolduran