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APRENDENDO A REALIDADE

Ivy decidiu não prolongar aquela conversa. Ela tentava de todas as formas se aproximar e conversar, mas Dante não dava espaço para ela. Então decidiu que o silêncio seria seu aliado por um tempo.

Assim como Dante, se trocou, se maquiou e arrumou o cabelo.

Eles iriam para Grécia, então ela decidiu colocar um vestido longo com saia godê, de costas nuas, azul celeste. Um casaco branco por cima, um salto Anabela nos pés e o cabelo preso em um rabo de cavalo alto, que deixava seus cachos caírem em cascatas.

Dante estava com uma camisa de linho branca de botões, com uma calça jeans de lavagem clara e um sapato off white nos pés.

Sem esperar por Ivy ele saiu primeiro entrou no carro e aguardou enquanto o motorista guardava as malas no porta malas. Dentro do carro ele pegou o celular e mandou mensagem para Ellie.

Morrerei de saudades de ti.

Será mesmo? Acho que irá se divertir com a minha priminha

Não diga besteiras, sabe que não gosto dela.

Só acreditarei quando se separar dela.

Dante bufou ao ver a última mensagem de sua amante. Ellie não deixaria ele descansar enquanto o casamento não estivesse desfeito.

Ele tinha acabado de casar, não poderia se separar agora, mas arranjaria algum motivo para ficar longe de Ivy.

Seus pensamentos estavam longe planejando desculpas para se afastar ao máximo de Ivy, ele nem percebeu que ela entrou no carro. Apenas ouviu a porta fechar e sentiu o carro começar a se movimentar.

Ivy entrou no carro olhando para o esposo, ele estava com a cara emburrada e levemente corada, parecia estar nervoso. Seu celular estava em sua mão esquerda, Ivy não conseguiu ver se ele estava lendo mensagens, mas também não se atreveu a perguntar.

Se manteve quieta durante o trajeto até o aeroporto. Observava o caminho pela janela do carro.

Sua mente também estava cheia, pensava em muitas coisas e todas elas eram referentes a Dante.

Ela queria se aproximar, tocá-lo, abraçá-lo, mas sabia que se fizesse isso agora que ele estava irritado seria como um tiro no pé.

Quando chegaram ao aeroporto, ela desceu quando o motorista abriu a porta, o dia estava iluminado mas não estava quente, ela amava dias como este.

Eles não viajariam em vôo comercial comum. Iriam no jatinho da família Salvatore. Dante sentou em sua poltrona e Ivy sentou a sua frente. O silêncio reinava entre os dois e junto com ele tinha uma tensão tão forte que poderia ser tocada.

O voo era longo e Ivy acabou adormecendo.

Após muito tempo olhando para a janela, Dante com relutância finalmente olhou para sua esposa e percebendo que ela estava adormecida colocou a mão em seu braço, ela estava fria e sua pele estava pálida.

Em um breve momento de compaixão, ele pegou uma manta e cobriu a mulher deixando-a confortável e quentinha. Observando Ivy, que adormecida parecia tão delicada e inocente, Dante também acabou adormecendo.

Quando chegaram na Grécia o tempo estava quente e agradável, Ivy estava descansada após horas de sono, estava feliz por estar ali e iria aproveitar a sua estadia.

Dante andava atrás de Ivy, ele continuava evitando ela, seu pensamento ainda estava em Ellie, e tudo o que ele faria na lua de mel seria contra a sua vontade.

Chegaram ao hotel, fizeram o check in e foram direcionados para a suíte master.

A vista da varanda era linda, à sua frente estava o mar Egeu.

Ela ficou ali por algum tempo, pensando e admirando a paisagem, sentindo a brisa fresca do mar.

Dante estava com calor, preferiu tomar um banho primeiro. Saiu do banheiro com apenas uma toalha enrolada em sua cintura.

Neste momento Ivy entrou no quarto, e por um breve momento ficou admirando o corpo de Dante, ele tinha um corpo bem definido, apesar de ter a estatura alta, não era um homem magro, tinha tudo bem distribuido.

Aquele corpo não era de conhecimento de Ivy, pois sempre que estavam juntos, na maioria das vezes, Dante estava de terno.

Ivy nunca o viu de sunga ou vestes íntimas.

- Precisa de um babador?

- O quê?

- Você está quase babando ao me ver de toalha. - Disse ele com sarcasmo em sua voz.

Ivy desviou o olhar de Dante, sentindo suas bochechas e orelhas queimando de vergonha por ter sido pega.

- Não preciso de babador, só me assustei.

- Assustou com um homem de toalha? Se eu estivesse nu, então você sairia gritando?

- Claro que não. Não sou criança.

- Não parece

- Por que você me provoca? Me parece que está sempre disposto a discutir comigo.

- Não te provoco, só sou sincero, se sinceridade te ofende, você casou com o homem errado.

- Isso não é sinceridade Dante.

- Sim isso é sinceridade, você não está acostumada a isso porque as pessoas estão sempre te bajulando e fazendo o que você quer. Comigo você vai aprender o que é realidade.

Enquanto os dois discutiam, Dante se vestia e Ivy se sentou à beira da cama encarando o esposo desapontada com as palavras que saiam da boca dele.

- Você vai ficar aí? Veio para a Grécia para ficar no hotel?

- Não, aonde quer ir?

- Vamos dar uma volta, conhecer ao redor primeiro, depois jantamos.

- Por mim está bem.

Ivy falava calmamente e em tom baixo com Dante. Por mais que ela quisesse se aproximar, não conseguia, seus sentimentos por ele eram tão fortes que ela não conseguia agir quando estavam a sós, e por isso, muitas vezes ela teve crises de birra, era a única coisa que ela conseguia fazer para chamar a atenção dele.

Mas, ao invés de aproximá-lo, as crises de Ivy só afastava Dante. Que a via como garota mimada e birrenta.

A oferta de passeio de Dante foi uma surpresa para ela, seu coração se sentiu acolhido, e em sua mente cogitou a hipótese de que, talvez as dúvidas dela não fossem verídicas, não era que ele não estivesse contra o casamento, apenas estivesse se adaptando a ela.

Ela acreditava com todo o seu coração que seu casamento seria um casamento feliz, e ela estaria disposta a fazer qualquer coisa para ficar com Dante ao seu lado.

Rapidamente ela pegou a sua pequena bolsa, e seguiu Dante que abria a porta do quarto para saírem.

Ele deu passagem para ela e logo depois trancou a porta.

Ela olhava para ele ansiosamente, seus olhos brilhavam e seu coração estava acelerado.

Ivy sorria alegremente como uma criança que sairia para tomar sorvete em um dia ensolarado.

Era a primeira vez que os dois saiam a sós. Como um casal. Agora seria o momento de Ivy agir para avançar em seu casamento?

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