Rosa colocou o prato à minha frente com aquele olhar sério e maternal que já me fazia sorrir.
— Vamos, menina, coma tudo. — Ela cruzou os braços, como se esperasse que eu obedecesse. — Precisa se alimentar direito, não é só por você, mas por essa criaturinha aí.
Olhei para o prato cheio e suspirei. Não estava acostumada a tanta fartura, muito menos a alguém me vigiando para ter certeza de que eu comeria. Mesmo assim, peguei o garfo e provei a salada fresca. O sabor me surpreendeu.
— Rosa… posso perguntar uma coisa? — falei, entre uma garfada e outra.
Ela se sentou diante de mim, os olhos atentos. — Claro, querida.
— Você sempre trabalhou aqui com o Ravi? — minha voz carregava curiosidade genuína.
O sorriso dela se abriu, cheio de lembranças. — Não exatamente aqui. Eu trabalhava para os pais dele, quando ainda moravam na fazenda. Cuidava da casa, ajudava na cozinha, às vezes até olhava o pequeno Ravi quando a mãe dele precisava de um tempo. — Ela deu uma risadinha baixa. — Já o vi corr