Elara*
Lucian permaneceu imóvel, os olhos arregalados, o rosto uma máscara de incredulidade. Quando o olhar dele encontrou o de Cassian, o ar pareceu desaparecer entre os dois. O ódio, o espanto e o horror se misturavam em um silêncio que doía.
— Malditos... malditos sejam os deuses! — rugiu, a voz cortando o ar como uma lâmina. — Você... você vive. Como isso é possível?
— Também me questiono isso todos os dias. — Cassian respondeu, em um tom que quase rosnava, cada palavra carregada de fúria contida.
Lucian desviou o olhar para mim. E foi como se todo o inferno tivesse se acendido em seus olhos.
— Sua... sua vadia. — o rosnado dele fez o ar se tornar denso. — Eu sinto o cheiro dele em você daqui onde estou!
Os punhos se fecharam, os músculos tremiam de ódio.
— Bem que Aladar havia me dito que algo havia acontecido, que achara estranho seu modo de agir com... com a besta! — cuspiu as palavras como veneno.
— Agora eu entendo! Você estava mancomunada com ele! Com a maldita besta de Bero