Os últimos dias foram um turbilhão na mente de Luna. A marca que Allan deixara em seu pescoço parecia pulsar suavemente toda vez que ele estava por perto, como se fosse uma ligação invisível. E, mesmo tentando ignorar, ela não conseguia tirar da cabeça o beijo que trocaram.
Mas havia alguém que estava percebendo essa mudança: Mario.
Desde que Allan chegara ao colégio, Mario ficara mais fechado, sempre com aquele olhar de desconfiança e irritação quando o via por perto. Ele conhecia Luna desde a infância, e sempre a protegera como um irmão mais velho — talvez até mais do que isso.
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Naquela manhã, Mario esperava por Luna na entrada da escola. Assim que a viu, foi direto ao ponto.
— Luna, a gente precisa conversar.
— Sobre o quê? — perguntou ela, ajustando a mochila.
— Sobre o Allan — disse ele, sério. — Esse cara não me engana. Ele aparece do nada, se mete na sua vida e… sei lá. Você não percebe que tem algo errado com ele?
Luna desviou o olhar. Como ela poderia explicar que