Na manhã seguinte, Gabriela acordou mais cedo do que o habitual. O encontro com dona Cecília ainda ecoava em sua mente como uma canção antiga, daquelas que não se esquece facilmente. Enquanto tomava café, abriu seu caderno de anotações — aquele que sempre carregava consigo, mesmo nos dias mais corridos — e escreveu no topo da página:
“Voltar às raízes é o que dá sentido ao futuro.”
Essas palavras pareciam uma bússola. Sentiu que, apesar do brilho dos holofotes, do barulho do set e da adrenalina do sucesso, havia uma parte dela que ainda ansiava pela simplicidade das primeiras histórias. Talvez fosse hora de encontrar uma forma de unir os dois mundos: o da menina sonhadora e o da escritora reconhecida.
Pouco depois, chegou ao estúdio. O clima estava ainda mais agitado do que nos dias anteriores: hoje gravariam uma das cenas mais intensas do filme. O diretor a recebeu com entusiasmo.
— Gabi, essa cena é crucial. Quero sua opinião em cada detalhe.
Ela sorriu, orgulhosa e nervosa ao mesmo