Gabriela não dormiu naquela noite.
Ficou sentada no chão do quarto de Manu, ouvindo a respiração da filha, tentando entender onde tudo havia desandado.
Miguel estava pensando em ir embora.
Daniel havia reaparecido como uma sombra do passado — agora mais manipulador do que nunca.
E ela… sentia-se no centro de uma tempestade.
Por volta das 3h da manhã, Manu se revirou na cama, resmungando.
— Mamãe... o moço da flor... não deixa eu dormir.
Gabriela gelou.
— Que moço, filha?
— O que fica parado no escuro... olhando.
— Eu não gosto dele. Estou com medo mamãe.
Gabriela abraçou a filha com força, como se pudesse protegê-la do mundo inteiro.
Aquilo foi a gota.
Ela não ia mais esperar o medo tomar conta.
Na manhã seguinte, Gabriela foi até a escola, mas não viu Miguel.
Soube, por uma funcionária, que ele havia pedido alguns dias de afastamento.
Sem muitos detalhes.
— Ele saiu com pressa… parecia abalado.
Gabriela saiu dali com o coração apertado e o telefone nas mãos.
Ligou. Chamou. Caiu na ca