Lorenzo Bianchi
O mundo inteiro parecia respirar diferente naquela manhã.
O salão onde a cerimônia seria realizada estava decorado com flores simples, mas com significado. Flores-do-campo, como a Laura sugeriu, misturadas com ramos de oliveira que minha mãe trouxe da vinícola. Tudo com uma cara de… verdade. De gente que ama e se vira com o que tem.
Eu estava parado ali, perto do altar improvisado no jardim dos fundos, com a camisa social grudando nas costas de tanto nervosismo. Pietro ficou do meu lado o tempo todo, me dando tapas discretos no ombro sempre que percebia que eu começava a respirar rápido demais.
— Relaxa, cara. Você tá parecendo que vai fazer prova final de anatomia — ele sussurrou no meu ouvido, com aquele tom meio sarcástico de quem queria ajudar, mas não sabia como.
Forcei um sorriso. Tentei brincar de volta.
— Isso aqui é pior… Na prova, se eu errasse, era só perder uns pontos. Agora, se eu errar, posso perder a mulher da minha vida.
Ele riu, balançando a cabeça.
—