Claro! Aqui está a continuação do capítulo, narrado em primeira pessoa por Lorenzo:
⸻
Meu pai fechou a porta do escritório com um estrondo seco. A madeira pareceu tremer, ou talvez fosse só o meu estômago que estremecia. Ele virou-se devagar, como se estivesse medindo cada passo para não explodir antes da hora.
— Você pode repetir o que disse? — a voz dele era baixa, mas cortante. Como faca bem afiada.
Engoli seco.
— A Aurora e eu… ontem… a gente não se preveniu.
A respiração dele ficou mais pesada. Os olhos se fecharam por um segundo. Quando abriu de novo, vinha tempestade.
— Lorenzo! — ele rugiu. — Pelo amor de Deus! Você tá com quantos anos? Quinze?
— Pai, eu sei que foi um erro — comecei, mas ele já estava andando de um lado pro outro como um leão enjaulado.
— Você tirou a virgindade da filha do Matheu e ainda teve a genial ideia de esquecer o básico? — ele parou, apontando pra mim com o dedo em riste. — O básico, Lorenzo!
— Eu amo ela, pai. E eu não me arrependo de ter e