Capítulo 118

Lorenzo Bianchi

O dia de voltar para Nova Iorque estava se aproximando.

Estava tudo pronto — a passagem comprada, as malas parcialmente feitas, minha vida esperando por mim do outro lado do oceano, intacta. Mas eu não conseguia sair daqui. Não sem vê-la de novo.

Não sem tentar, ao menos mais uma vez.

Desde aquela noite, não trocamos mais do que silêncios. Eu sabia que ela precisava de tempo. E, pela primeira vez na vida, entendi que amar alguém também era saber esperar, mesmo que isso doesse. Mesmo que a vontade de invadir o espaço dela e dizer que ela ainda era minha — mesmo que por pouco, mesmo que por lembrança — gritasse dentro de mim como um impulso impossível de conter.

Mas eu me contive. Porque eu fui o culpado.

Hoje, decidi andar até o lago. Precisava clarear a mente. A manhã estava nublada, úmida, e o cheiro de terra molhada me trouxe lembranças da infância, da Itália, da vida antes de tudo se complicar. As árvores balançavam levemente, como se o mundo sussurrasse
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