Maria perdeu o apetite pelo café da manhã e falou com seriedade para Eduardo:
- Eu acho que, se forjássemos juntos nossas mortes, eles acreditariam mais.
Eduardo riu com desdém:
- Você tem certeza de que consegue atuar bem nessa morte fingida? Tenho medo de que você morra de verdade. - O homem olhou para ela com um tom leve. - Você não é tão habilidosa quanto eu; se ficarmos juntos, você só vai me atrapalhar.
Ao ouvir isso, Maria ficou sem palavras.
Ela apertou o pão que tinha nas mãos, sentindo uma inquietação intensa.
Eduardo deu uma olhada para ela e disse:
- Coma logo, depois eu te levo para a estação. Se eu não estiver enganado, assim que sairmos do hotel, aquelas pessoas vão nos seguir. A estação é movimentada; vou aproveitar a multidão para te deixar lá, muito provavelmente eles não irão perceber.
Maria colocou o pão de volta na mesa e disse para ele:
- Você me disse para te esperar em Alma Verde, mas você precisa me dizer um tempo específico. Eu não posso te esperar para sempre