Parte 111...
Valentina
A porta da sala estava aberta, e o som da voz do meu pai preencheu o corredor antes mesmo que eu entrasse. Forte e impaciente.
— Eu quero essa lista até o final do dia, Matteo. Já perdi tempo demais esperando que vocês se organizassem.
Ele estava de costas quando me viu entrar. Virou-se, o olhar duro. Matteo estava sentado, o semblante cansado, mas sereno.
— Pai, o casamento na igreja é só daqui a dois dias – eu disse, tentando manter a calma. — Ainda dá tempo pra organizar tudo.
— Não, não dá - ele rebateu, o tom de quem está acostumado a ser obedecido. — Cada nome nessa lista é uma porta que se abre. E eu quero todas abertas.
— Porta pra quê? - perguntei, cruzando os braços. Ele me olhou como se eu fosse uma criança intrometida.
— Você não entende, Valentina. É questão de influência, de posição. - aproximou-se. — Esse casamento é mais do que um acordo entre famílias. É o que garante que o nome de nossa família continue no topo.
— Então é isso que eu sou? - fal