Parte 147...
Matteo
— É só o que eu espero. Pense com calma. Ela não quer entrar na vida de vocês à força. Só quer… Tentar reparar o que estragou.
Meu pai nunca se separou dela, mas vive mais aqui do que na casa onde ela foi enviada. Sei que no final, a punição também o afetou.
Antes que eu diga qualquer coisa, escuto passos conhecidos. Tizziano chega, segurando um copo de limonada e com a expressão curiosa.
— O que vocês dois estão tramando aí? - ele pergunta.
Meu pai me olha, então faço eu mesmo o resumo.
— A mãe tá querendo aproximar de novo – digo sem ânimo. — Pede desculpas, diz que mudou. Quer ver as crianças. E o pai acha que eu deveria considerar.
Tizziano ergue as sobrancelhas.
— E você? O que pensa?
Dou de ombros.
— Estou pensando.
Ele dá um gole na limonada, depois passa o braço pelo meu ombro como fazia quando éramos adolescentes.
— Matteo… Pensa com carinho. — Ele fala baixo. — Já se passaram muitos anos. E se ela realmente mudou, talvez dê pra dar uma segunda chance. Não