Acordei e fiquei um tempo olhando a Ana dormir. Por alguns segundos pensei na sorte que eu tenho de ter encontrado essa mulher. Fiquei ali deitado, ouvindo a respiração tranquila dela, admirando… e pensando em como minha vida virou de cabeça pra baixo em tão pouco tempo. Mas de um jeito bom. Um jeito que me devolveu a mim mesmo.
Quando ela entrou no box comigo, já chegou com aquele jeitinho que desmonta qualquer defesa que eu ainda tente ter. Tomamos banho juntos, nos entregamos como sempre. Depois nos arrumamos e descemos as escadas com ela agarrada no meu braço, meio dormindo ainda — a gravidez deixa ela assim, sonolenta de manhã. Eu ria sozinho, porque ela fechava os olhos no meio do caminho.
Mas bastou chegar na sala pra minha paz ir embora.
Meu pai, minha mãe… e o Pietro. Todos tomando café, Mariana servindo. A Ana só percebeu quando já estávamos perto. Senti a tensão na hora. Meu corpo travou sozinho. Eu sabia que esse reencontro ia ser um teste — pra ela, pra mim, pra todo mund