Acordei no dia seguinte com o barulho do despertador. Ultimamente só acordo assim. Ouço o chuveiro e resolvo me juntar ao Marcos no banho. Depois de prontos, descemos as escadas. Eu grudada nele, dengosa, ainda com preguiça da manhã. Ele ri dizendo que eu estou de olhos fechados e nem acordei ainda.
Mas quando chegamos na sala, sinto o corpo dele ficar tenso. Abro os olhos e vejo a Mariana servindo os pais dele e um rapaz que, pela semelhança, só podia ser o irmão. A mãe dele, Carla, vem sorrindo até mim.
— Querida, que alegria vocês nos deram! Nem acredito que vou ser vó — ela diz.
De relance, vejo os irmãos se abraçando. Marcos se aproxima do irmão e diz:
— Pietro, essa é minha namorada, Ana.
— Namorada? — ele fala rindo. Vem até mim e continua: — Obrigado, cunhada. Eu tinha perdido meu irmão, e você trouxe ele de volta. Acredita que esse cara teve coragem de se afastar de mim?
— Não é bem assim… — Marcos tenta se defender.
— Ah não, você mal me liga ou fala comigo — Pietro rebate,