— Disseram muitas coisas.— ele olhou brevemente para Villano e Unirian. — Algumas que eu não consigo lembrar.
Vasiliev trocou um olhar tenso com Sokolov. O choque em seus rostos era evidente.
Sokolov olhou para Unirian, que se levantava devagar com o bebê no colo, o olhar calmo, mas firme.
— Dante... você não reconhece seu próprio filho?
O mafioso cruzou os braços.
— Dizem que ele é meu. Dizem que ela é minha esposa. Mas essas memórias não estão em mim.— ele apontou para a cabeça. — A mente pode mentir. O corpo... não reage a nada disso.
Unirian segurou Villano mais perto.
— Mas seu coração, sim.— ela respondeu, tranquila, sem levantar a voz. — Você está tentando fugir de algo que não entende. Mas a ausência te persegue. E isso é amor.
Dante desviou o olhar, como se aquilo fosse um golpe que ele não esperava.
Sokolov, ainda perplexo, caminhou até ele, pousando uma mão em seu ombro.
— Você pode não lembrar... mas se essa mulher moveu céus e infernos para te encontrar, e se esse garoto