Os primeiros raios da manhã mal entravam pelas janelas quando Unirian acordou. Espreguiçou-se devagar, ainda sonolenta... até sentir um arrepio na pele.
Seus olhos se abriram lentamente — e ali estava ele.
Dante, sentado na poltrona ao lado da cama, com os papéis do divórcio nas mãos. O rosto impassível, mas os olhos carregados de algo entre mágoa e fúria silenciosa.
— Dormiu bem?— pergunta com voz baixa, carregada de tensão.
Unirian senta-se devagar na cama, surpresa e um pouco desconcertada.
— O que você está fazendo aqui?
— Eu devia perguntar o mesmo— ele levanta os papéis — Assinando isso… era esse o plano? Ir embora?
Ela engole em seco, sente o peso da acusação no olhar dele.
— Você não se lembra de mim, Dante. E esses papéis… foram deixados por seu avô. Eu nem...
— Mas você pensou em assinar.— interrompe, se levantando. — Você pensou em desistir. Por quê?
O silêncio pesa.
— Por que está magoado? Você tem Caterine agora… você me expulsou da sua vida, da sua memória…
— E o Romanov