Unirian está diante da penteadeira, os cabelos ainda molhados do banho. Ela folheia uma agenda, procurando algo… e então para. Seu rosto muda.
Ela fecha os olhos, respira fundo, põe a mão sobre o ventre.
Se afasta lentamente do espelho e vai até uma gaveta escondida em seu armário. Tira de lá um pequeno pacote — um teste de farmácia.
No banheiro…
O silêncio é pesado. O som da chuva batendo do lado de fora é o único ruído.
Unirian está sentada na borda da banheira, olhando para o pequeno objeto nas mãos.
Ela não respira. Não pisca.
No visor, duas linhas bem nítidas.
“Positivo.”
Ela apoia a mão na boca, os olhos marejando.
— Não agora... — sussurra para si mesma. — Não com tudo isso…
Ela senta no chão frio do banheiro, as costas contra a parede.
Por um instante, sorri. Mas o sorriso logo morre, engolido pelo peso das circunstâncias.
— Dante… o que você vai fazer com isso?
A chuva ainda cai do lado de fora. Unirian está sentada à frente de Elena, que mexe o chá com delicadeza exage